Navegando pelos riscos de compliance financeiro: 5 melhores práticas para grandes empresas
Nos últimos anos, o termo “compliance” tem adquirido uma relevância significativa nas agendas dos gestores empresariais, tendo como objetivo agregar valor ao empreendimento ao reduzir os efeitos negativos nos aspectos financeiros, legais e de reputação, que podem surgir de situações como a ausência de diretrizes normativas, incongruências com leis vigentes, falta de mecanismos de prevenção apropriados, deficiências na gestão de procedimentos e ausência de um sistema de informação organizado.
Nesse cenário, a adoção de práticas de conformidade se torna imperativa para assegurar a continuidade e o sucesso das mais diversas corporações nas áreas – o que, indiscutivelmente, inclui a tesouraria.
Por que o compliance deve fazer parte da rotina de líderes financeiros e de outros departamentos?
Implementar medidas de conformidade é um passo vital para enfrentar os riscos complexos decorrentes das operações financeiras e do ambiente regulatório em constante mudança. Caso contrário, pode haver impactos adversos, prejudicando a reputação, a estabilidade financeira e a confiança dos stakeholders.
Nessa perspectiva, há 3 principais tipos de riscos que a falta de compliance pode trazer para uma companhia:
- Risco ético: A companhia está sujeita a sofrer danos expressivos em sua reputação se for implicada em situações que envolvam acusações de condutas fraudulentas, lavagem de dinheiro ou corrupção. Essas situações são inteiramente inaceitáveis perante a visão pública e podem causar sérios danos à percepção da empresa quanto à sua integridade e princípios éticos.
- Risco financeiro: o risco financeiro é outra dimensão crucial que exige a incorporação do compliance. A falta de transparência nas operações e o não cumprimento das obrigações fiscais e dos direitos trabalhistas, por exemplo, podem levar a perdas financeiras sérias, incluindo endividamento, inadimplência e penalidades.
- Risco de segurança: Violações de dados e vazamentos de informações podem desencadear uma série de consequências negativas, incluindo litígios, perda de negócios e danos substanciais à reputação da empresa, especialmente com a implementação das disposições previstas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), prejudicando sua imagem e confiabilidade.
5 melhores práticas para mitigar esses riscos de compliance em grandes empresas
Diante dos riscos citados, é primordial que as empresas adotem práticas e iniciativas que minimizem a possibilidade de não conformidade.
Cada companhia pode adotar seus próprios métodos para mitigar riscos, mas há 5 estratégias que se mostram eficazes em grandes empresas. São elas:
1. Mapeamento e Entendimento dos Requisitos Regulatórios
No contexto das empresas de grande porte, manter-se em sintonia com as regulamentações que incidem sobre o setor financeiro e o âmbito de atuação é de importância inquestionável. Aprofundar-se no entendimento desses requisitos não é apenas inerente, mas também estratégico.
Tal entendimento minucioso possibilita uma adaptação precisa às complexidades das exigências regulatórias em constante mudança, atuando como uma salvaguarda contra possíveis violações que poderiam comprometer a reputação e a estabilidade da organização.
2. Implementação de Políticas e Procedimentos
Desenvolver e implementar políticas, procedimentos e orientações claras relacionadas à conformidade é essencial para proporcionar uma estrutura sólida que guie as ações e molde o comportamento dos colaboradores de maneira direcionada, fornecendo um quadro preciso de conduta.
Esse esforço garante que todos os membros da equipe compreendam claramente as exigências em matéria de conformidade e atuem de acordo com as expectativas estabelecidas, solidificando, assim, a cultura organizacional de integridade e responsabilidade.
3. Estabelecimento de Controles Internos Robustos
A criação de controles internos abrangentes desempenha um papel fundamental para manter a exatidão e a integridade das informações contábeis.
Portanto, esses mecanismos funcionam como barreiras contra erros e atividades fraudulentas, além de auxiliar na preservação da solidez financeira e na antecipação de riscos.
4. Auditorias Internas e Externas
Auditorias não são necessariamente obrigatórias em todas as empresas e não acontecem regularmente em todos os casos. No entanto, elas são uma prática comum em muitas organizações, especialmente aquelas que precisam garantir a conformidade com regulamentações específicas, normas contábeis, padrões de qualidade ou requisitos específicos da indústria.
Quando realizada regularmente, essa atividade permitirá avaliar com precisão a eficácia dos mecanismos de conformidade adotados, de forma a identificar áreas de melhoria, manter a integridade operacional, promover a transparência e ter a certeza que as melhores práticas estejam sendo mantidas de maneira contínua.
5. Due Diligence de Terceiros (Diligência Prévia)
Realizar uma Due diligence rigorosa em parceiros comerciais e fornecedores também é fundamental para garantir que eles estejam em conformidade com as regulamentações contábeis, o que engloba uma análise minuciosa de suas atividades, histórico, saúde financeira, métodos operacionais, reputação e eventuais riscos jurídicos ou éticos.
Em outras palavras, avaliar a aderência dos terceiros às normas de conformidade ajuda a mitigar riscos associados a possíveis infrações.
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Monitoramento e relatórios: o papel da tecnologia na gestão de compliance
No cenário atual, a tecnologia entra como fator chave na gestão de Compliance. Através dos sistemas de monitoramento e controle financeiro contínuo, as companhias terão uma maneira robusta para identificar atividades suspeitas ou não conformes.
Isso porque, a inclusão da tecnologia nesse ambiente de conformidade oferece vigilância em tempo real, permitindo a detecção instantânea de irregularidades. Essa abordagem não apenas agiliza as respostas, mas também habilita as empresas a se ajustarem rapidamente às novas exigências regulatórias, garantindo uma reação eficaz.
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